Síndrome de burnout
no trabalho

A Síndrome de Burnout no trabalho, também conhecida como esgotamento profissional, é um distúrbio emocional caracterizado por exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultante de condições de trabalho desgastantes. Este artigo aborda os principais aspectos da síndrome, seus sintomas, direitos trabalhistas e previdenciários, além de medidas preventivas.

O Que é a Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout é uma condição de estresse crônico no trabalho que leva ao esgotamento emocional, distanciamento mental e uma sensação de ineficácia. Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na CID-11 como uma doença ocupacional, a síndrome é cada vez mais comum em ambientes de trabalho exigentes.

Sintomas da Síndrome de Burnout

Os sintomas da Síndrome de Burnout podem variar, mas geralmente incluem:

  • Exaustão física e emocional;
  • Redução da performance profissional;
  • Sentimentos de negatividade ou cinismo relacionados ao trabalho;
  • Dificuldade de concentração;
  • Dores de cabeça frequentes;
  • Insônia;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Irritabilidade e nervosismo.

Identificar esses sintomas precocemente é crucial para a prevenção de consequências mais graves.

Causas da Síndrome de Burnout

A principal causa da Síndrome de Burnout é o estresse crônico no ambiente de trabalho. Fatores que contribuem para esse estresse incluem:

  • Excesso de carga horária;
  • Pressão constante por resultados;
  • Falta de apoio e reconhecimento;
  • Ambientes de trabalho tóxicos;
  • Desequilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Impacto no Ambiente de Trabalho

A Síndrome de Burnout não afeta apenas o indivíduo, mas também o ambiente de trabalho. Trabalhadores com Burnout tendem a ter:

  • Baixa produtividade;
  • Aumento no número de faltas;
  • Queda na qualidade do trabalho;
  • Problemas de relacionamento com colegas.

Direitos Trabalhistas e Previdenciários do Empregado com Burnout

Os empregados diagnosticados com Síndrome de Burnout possuem direitos garantidos pela legislação trabalhista e previdenciária. Entre os principais direitos estão:

  • Estabilidade no emprego:O trabalhador afastado pelo INSS por auxílio-doença acidentário tem direito à estabilidade no emprego por 12 meses após o retorno às atividades.
  • Afastamento remunerado:O empregado pode solicitar o afastamento remunerado pelo INSS, garantindo um benefício por incapacidade temporária ou permanente, dependendo da gravidade do caso.
  • Reabilitação profissional:Em casos onde o retorno ao trabalho original não é possível, o empregado tem direito à reabilitação profissional, que inclui cursos e treinamentos para reintegração em novas funções.
  • Indenização por danos morais e materiais:Caso seja comprovada a culpa do empregador pelo ambiente de trabalho não saudável, o empregado tem direito a indenizações por danos morais e materiais.
  • Manutenção de benefícios:Durante o afastamento, o trabalhador tem direito à manutenção do pagamento do FGTS, convênio médico, cesta básica, tickets alimentação e complementações salariais.
  • Pensão mensal:Em casos de perda parcial ou total da capacidade de trabalho, o empregado pode ter direito a uma pensão mensal vitalícia.

 

Tempo de Afastamento

Se você foi diagnosticado com Síndrome de Burnout e possui comprovantes da relação da doença com seu ambiente de trabalho, o próximo passo é afastar-se do local que está causando a doença. Esse afastamento pode ser solicitado ao INSS por meio de benefícios por incapacidade, como auxílio-doença acidentário (B91) ou aposentadoria por invalidez ocupacional (B92).

  • Auxílio-doença acidentário (B91):Concedido ao trabalhador temporariamente incapacitado para suas atividades habituais. Este benefício não exige carência mínima de contribuições.
  • Aposentadoria por invalidez ocupacional (B92):Concedida quando a incapacidade para o trabalho é definitiva.

É importante ressaltar que muitos segurados acabam recebendo o auxílio-doença previdenciário (B31), que é destinado a doenças comuns, por erro na análise do INSS ou falta de comprovação do nexo causal entre a doença e o trabalho. O B31, ao contrário do B91, exige carência mínima de 12 contribuições e não garante estabilidade no emprego, manutenção do FGTS e do convênio médico.

Como Comprovar a Síndrome de Burnout

Para garantir os direitos trabalhistas e previdenciários, é fundamental comprovar que a Síndrome de Burnout foi causada pelo ambiente de trabalho. Documentos e provas que podem ser utilizados incluem:

  • Laudos médicos;
  • Testemunhos de colegas;
  • Relatórios de atividades;
  • E-mails e comunicações que demonstrem sobrecarga e pressão no trabalho.

Medidas Preventivas

Prevenir a Síndrome de Burnout é uma responsabilidade tanto do empregador quanto do empregado. Algumas medidas preventivas incluem:

  • Promover um ambiente de trabalho saudável e colaborativo;
  • Implementar programas de bem-estar e saúde mental;
  • Garantir cargas horárias adequadas e pausas regulares;
  • Oferecer suporte e reconhecimento;
  • Estimular o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Tratamento da Síndrome de Burnout

O tratamento da Síndrome de Burnout pode incluir:

  • Psicoterapia:Terapias cognitivo-comportamentais são eficazes para lidar com o estresse.
  • Medicamentos:Em alguns casos, antidepressivos e ansiolíticos podem ser necessários.
  • Mudança de ambiente:Alterar as condições de trabalho ou buscar novas oportunidades pode ser essencial.
  • Técnicas de relaxamento:Yoga, meditação e exercícios físicos ajudam a reduzir o estresse.

Conclusão

A Síndrome de Burnout é uma condição séria que requer atenção e medidas adequadas para ser prevenidas e tratadas. Conhecer os sintomas, causas e direitos trabalhistas associados é crucial para proteger a saúde mental dos trabalhadores. Empregadores e empregados devem colaborar para criar ambientes de trabalho saudáveis e equilibrados.

 

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