A jornada 12 por 36 causa muitas dúvidas e polêmicas, sendo a dificuldade de gestão, o controle dessa jornada e a qualidade de vida do funcionário alguns dos principais pontos de preocupação. Este artigo aborda os erros mais comuns que as empresas cometem ao implementar essa modalidade de trabalho, fornecendo orientações para evitá-los.
Na jornada 12 por 36, o colaborador trabalha 12 horas seguidas e descansa pelas 36 horas subsequentes. Durante o período trabalhado, é obrigatório conceder um intervalo mínimo de 1 hora para refeição ou descanso, uma vez que trabalhar 12 horas seguidas sem pausa pode ser prejudicial à saúde do colaborador.
A jornada 12 por 36 foi formalmente permitida pela legislação trabalhista após a reforma sancionada em julho de 2017. Antes da reforma, poucas categorias adotavam essa jornada, pois era necessário realizar acordos coletivos ou recorrer à convenção coletiva. Com a reforma, a jornada pode ser estabelecida mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, conforme previsto no artigo 59-A da CLT.
A gestão da jornada 12 por 36 pode ser desafiadora, especialmente devido à flexibilidade e à necessidade de controle rigoroso dos horários de trabalho e descanso. Erros comuns incluem:
Para administrar corretamente a jornada 12 por 36, é crucial utilizar sistemas de ponto eletrônico eficientes. A falta de um controle de ponto adequado pode resultar em erros no cálculo de horas trabalhadas, intervalos e horas extras, além de dificultar a comprovação de cumprimento da legislação em caso de fiscalizações ou disputas trabalhistas.
Muitas empresas desconhecem ou interpretam erroneamente as normas legais aplicáveis à jornada 12 por 36, como a necessidade de acordo individual escrito e as condições para pagamento de horas extras. Isso pode levar a práticas ilegais, como a falta de pagamento de horas extras após a 12ª hora trabalhada.
A jornada 12 por 36 pode ser exaustiva, tanto física quanto psicologicamente. É fundamental que as empresas zelem pela saúde dos trabalhadores, garantindo os intervalos adequados e evitando a sobrecarga de trabalho. Negligenciar esses aspectos pode resultar em alta rotatividade, absenteísmo e problemas legais.
Segundo a reforma trabalhista, a remuneração pactuada na jornada 12 por 36 abrange os descansos semanais remunerados e feriados. No entanto, é comum que empresas não compensem corretamente esses períodos, gerando insatisfações e conflitos trabalhistas.
Para evitar os erros comuns na adoção da jornada 12 por 36, as empresas devem:
Adotar a jornada 12 por 36 pode trazer benefícios tanto para a empresa quanto para os colaboradores, desde que sejam respeitadas todas as normas legais e cuidados necessários para garantir a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Empresas que investem em uma gestão eficiente e em tecnologias de controle de ponto tendem a evitar os erros comuns e a promover um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.
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